sexto sentido

quinta-feira, abril 01, 2004

Sonho de uma tarde de....primavera

Às vezes perco-me nos pensamentos. Acontece-me, casualmente, sem ter sido premeditado. Dou comigo a sonhar alto, a imaginar-me numa outra vida que não é a minha.

Penso muitas vezes: E se eu tivesse nascido noutro país, noutra condição, o que seria de mim agora? Lutaria o que luto? Estaria nesta mesma condição? Teria dado ao mundo dois filhos, como dei? Teria estudado o que estudei? Teria casado, como casei?
Não sei, mas gosto de me perder nestes pensamentos. Gosto de pensar que temos mais do que uma vida e de que poderemos escolher, consoante as ocasiões.

O sonho comanda a vida, já dizia o poeta, e dizia ainda, quando um homem sonha o mundo pula e avança. Eu prefiro pensar que quando sonho me sinto feliz, mesmo que com isso o mundo fique impassível.
Não que me sinta menos feliz com a vida real, mas o certo é que os sonhos, normalmente, são o reflexo ideal daquilo que ambicionamos. E eu não quero largar este adormecimento! Quero continuar a sonhar, porque também diz o ditado, quem sonha sempre alcança, ou seria quem espera sempre alcança?

Bom, não interessa! O que interessa é que o sonho é gratuito e a vida paga-se cara, por isso vou continuar a sonhar.

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