sexto sentido

quinta-feira, dezembro 16, 2004

PARIS – IV Congresso Mundial Espírita



Oh Paris, Paris…

Lá fui eu para Paris, em pleno Outubro, descobrir essa cidade de luz, tão associada ao romantismo. Foi uma viagem muito interessante porque fui com um grupo espiritualista, com o qual, durante quatro dias, assiste ao Congresso Espírita Mundial, que este ano comemorava o segundo século do Nascimento de Allan Kardec, o pai dos Espiritismo.

Allan Kardec foi o primeiro homem que admitiu o Espiritismo e que o cientificou. Criou as regras dos contactos espíritas e escreveu o que podemos chamar da bíblia espírita.

Eu, uma quase leiga do assunto, fiquei deveras interessada no mesmo. Muita das coisas faladas no congresso eram bastante lógicas e de alguma forma não me pareceram assim tão estranhas. Tínhamos dois portugueses a discursar nesse congresso. E representaram-nos muito, muito bem.

O congresso tinha a particulariedade de tentar demonstrar a nível cientifico todas as novidades do Espiritismo. Falou-se por exemplo do perispirito. Ou seja, numa espécie de alma que a ciência comprovou existir e que provavelmente é o que nos difere dos outros seres.

Até há pouco tempo, acreditava-se que o ser humano era superior aos outros seres porque tinha mais genes do que os mesmos. Mas há medida que se foi estudando descobriu-se que um grão de milho tem cerca de 30.000 genes, um macaco 34.000 genes e o ser humano 35.000 genes… Ou seja, a diferença entre nós e um grão de milho são 5.000 genes que claramente não parece demonstrar a nossa real diferença.

Descobri com um Mestre Espírita que um dos grande comunicadores com o além foi o nosso Fernando Pessoa. E de facto, em visita anterior ao Museu do Fernando Pessoa, os próprios Técnicos do Turismo no mesmo insinuaram isso. E lembro-me de ter achado estranho um só homem dominar tantas matérias. Recordo que para além de Poeta e de poemas, no seu museu encontramos várias cartas astrológicas feitas por ele… no mínimo estranho o domínio de tão diferentes matérias…

O Mestre com quem falei, Português, pertencia a um grupo espiritualista e não espírita… mas respondeu-me a todas as questões que coloquei sobre a Reencarnação, o Karma, a manifestação de espíritos, entre outras. Acabei trazendo alguns livros para me informar melhor… Faz tudo tanta lógica…

Assisti a algumas incorporações – fora do congresso. Não me assustei, não me surpreendi… tudo me pareceu muito natural.

E termino o Blog com uma reflexão do Mestre com quem falei “Mas em Portugal, temos de ser muito discretos, porque o Português recorre sempre ao espiritismo e a outras ciências ocultas (que muitas vezes nem ciências são) em casos de aflição mas publicamente condena-as e goza-as”. Deixo uma questão em aberto: Será mesmo assim?