sexto sentido

terça-feira, janeiro 13, 2004

Mulher Oficialmente Solteira

Eu sigo o amor. Que culpa tenho do amor integrar diferentes personagens? Que culpa eu tenho desses personagens estarem neste momento no mesmo espaço temporal?

Aprendi ao longo dos tempos que o importante é sermos fieis a nós próprios, aos nossos desejos e sentimentos. Eu sigo o amor, onde quer que ele esteja. E se é amor, está certo, está bem, é bom.

Amo o velho com enorme sentimento, pela nossa história, pelo nosso passado, pela saudade, pela ternura, pela pureza de um amor que nunca teve outras bases a não ser o próprio amor (C, sabes que eu vivi três anos e tal da minha vida ao lado de uma personagem paralela ao meu universo, sendo que a única, eu disse a única coisa que nos unia, era o amor?).

Amo o novo pela paixão, com a razão, pela partilha do quotidiano e dos interesses, pelo companheirismo, pela identificação e pelo futuro.

Desde que estou no meu estado de solteira oficial, tenho me apercebido de tanta coisa que o relacionamento mais longo me poupou... Hoje já não sou abordada com olhares e com contidos – gosto de ti.

Pelas conversas com que sou abordada, presumo que devo ter escrito na testa – mulher casadoira e ideal mãe de família. Só pode. Esta manhã dei por mim a verificar se tal não estava mesmo escrito na testa. É que actualmente a abordagem masculina mudou (será que foi só comigo?). Terminaram os convites para tomarmos um lanche. Hoje numa conversa longa confidenciam-me que depois de terem feito a vida que queriam está na hora de acentarem e desejam formar familia... e se, tal como no anúncio do café Nicola, ainda estão a tempo.

Será que a classe masculina não percebeu que nós mulheres, queremos mais que uma familia? Que a ideia de casar e ter filhos não é própriamente o que mais seduz uma mulher? Ou será que eu é que não sou representativa da tipica mulher portuguesa?

M