sexto sentido

sexta-feira, abril 01, 2005

O Encontro Adiado



No próprio dia do encontro, a Sara enviou uma nova mensagem, bem cedo, a dizer que por um imprevisto não poderia comparecer ao nosso encontro. Pedia desculpas pela sua não comparência.

Interpretei de imediato que o seu imprevisto não seria mais do que um receio ou uma fragilidade emocional face à conversa que provavelmente surgiria do nosso encontro.

Enviou-me posteriormente duas mensagens às quais não respondi. Tentou ligar-me duas vezes, chamadas essas que não atendi. Numa terceira chamada que atendi, perguntou-me se podia encontrar-se comigo nessa semana. Disse-lhe que estava atarefada nessa semana, pois estava num Stand da FIL. Ela perguntou-me porque não a tinha convidado anteriormente para visitar o Stand na Fil. Fiquei de pé atrás, foi como um sinal de que a Sara continuava igual e sem noção do quanto me poderia ter prejudicado com tudo o que me fez. Dei uma resposta evasiva e terminei a conversa.


Depois disso enviou-me dois "Yorn Talkings" aos quais não respondi. Deixou-me uma mensagem escrita "Mestre, sinto saudades tuas e da nossa amizade." que respondi novamente de forma evasiva "Sinceros desejos de uma recuperação rápida e que o futuro te reserva momentos muito felizes". Ela sempre me chama Mestre posque estou a terminar o mestrado.

Não lhe desejo mal, mas creio que a reaproximação não me vai beneficiar.

Não desistindo ela envia um email ao meu noivo, pedido que ele nos ajudasse a reunir. Ele telefonou-lhe explicando que a confiança não se cativa de um momento para o outro e que ela teria de mostrar que de facto tinha mudando. E que tivesse calma.

As coisas acalmaram. Ela não voltou a ligar ou a enviar mensagem. Há duas / três semanas na revista Única do Jornal Expresso existia uma reportagens sobre os doentes do Hospital Miguel Bombarda e do Júlio de Matos. Acho que percebi o que de facto lhe tinha acontecido.

Não posso no entanto deixar de achar que, na raiz da sua loucura houve uma maldade, uma malvadez, uma inveja e outros sentimentos maus. Posso até perdoar (perdoa-se tudo) mas não tenho vontade de voltar a dar uma nova hipótese...

Mariana