sexto sentido

segunda-feira, março 15, 2004

Reflexões sobre os últimos acontecimentos.

É em alturas de angústia, de tristeza e de medo que nos sentimos mais próximos, mais iguais, partilhando os mesmos sentimentos, sentindo a mesma impotência, a mesma revolta. Revolta contra o inimigo invisível, como já foi apelidado, contra esses que são os maiores cobardes ao cimo da terra. Que lutam sem farda, sem identificação, que procuram sempre semear o caos, o medo, a dúvida, a desconfiança.

Terroristas, porque semeiam o terror, mas acho este um nome forte demais para tamanha cobardia. Mostrem-se, digam quem são, para que a guerra seja justa!
Ignorantes, aqueles que rebentam as entranhas, arrastando consigo outras vidas inocentes. Ignorantes porque acham que vão ter as merecidas virgens no Além. A excessiva espiritualidade de um povo nada mais revela do que o seu atraso.

Um mundo perfeito é o que todos procuramos, mas um mundo perfeito só o é graças às suas diferenças. É a diferença que o enriquece.
Provavelmente se fossemos todos iguais, e como seres predadores que somos, matariamo-nos uns aos outros para sermos diferentes.

E esta luta nunca vai acabar, nunca!
Porque estamos ainda, intelectualmente, demasiado atrasados para podermos resolver esta situação.
Pode ser que um dia surja uma civilização superior, que já ultrapassou este estigma, e que nos ensine a viver em harmonia, em cooperação, que nos ajude a superar o ódio, a inveja e o gosto mórbido pelo poder.
Mas, claro, isto só acontece na ficção científica.

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