sexto sentido

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Postal de Aniversário

A maioria das vezes em que nos divertimos, estamos a fazer alguma coisa que alguém nos disse para não fazermos. Os melhores momentos da nossa vida, aqueles em que mais nos divertimos, estamos a fazer algo que alguém nos disse que não poderiamos fazer.

Desta vez não vou apenas dar-te os parabéns, nem dizer-te uma vez mais o bom que é estares comigo mais um ano... este ano peço-te para seres louco... nem que seja apenas só por um dia... mas ousa ser louco. Faz tudo aquilo que tem sabor de proibido e imoral, porque irão ser esses os melhores momentos da tua vida!

Aconteça o que acontecer sê livre. Liberta-te! Aconteça o que acontecer sê tu mesmo. Assume-te! Podes perder muita coisa sendo assim, podes perder muita gente, mas... o que conquistares será sempre teu e tu, serás livre... e a liberdadede é a base da felicidade!

Atreve-te! Com Carinho,

M

Jeri...

Devo confessar que hoje hesitei muito sobre o tema que deveria tratar. Se é que é obrigatório ter um tema.
Até porque este blog não me obriga a nada.
Ou seja, se hoje eu não quisesse escrever, porque os deuses da inspiração, ou melhor os meus sentimentos não me inspirassem, eu garanto-vos que não escreveria.
Eu quis este Blog, essencialmente, para ter o prazer de poder escrever algo que possivelmente só a minha parceira bloguista M é que lê.

Pois bem e foi pensando nela e nos momentos que temos passado juntas que me inspirei.
Há pouco tempo tivemos o privilégio de podermos fazer uma viagem, juntamente com os nossos respectivos parceiros. Essa viagem que nos levou até terras de Vera Cruz (para os menos entendidos em História: Vera Cruz=Brasil), foi de facto uma viagem inesquecível e essencialmente mentalmente fotográfica.

Das paisagens que devoramos com avidez, com receio que algo ficasse por ver, ficou-me na memória uma que jamais irei esquecer.

Não querendo descrevê-la textualmente, porque tal nunca seria suficiente, tentei, com a minha humilde veia poética, descrevê-la com sentimentos. (Os verdadeiros poetas que me perdoem)...


JERI

Aquela terra distante
Onde um dia o poeta poisou,
Deu-lhe tal alento
Que por ela se apaixonou.

Deus existe! Está aqui!

O céu inspiração
A terra revelação
O mar iluminação
As gentes musas.

Deus existe! Está aqui!

Naquela terra de calma,
Onde o tempo escorre devagar
O poeta deparou-se com a alma
Que pensava não mais encontrar.

Deu asas à sua pena,
Preencheu as folhas brancas
Fez mil e um poemas
E outras tantas prosas.

Deus existe! Está aqui!

São terras de além mar,
Terras que dão alento
Para continuar a amar
Até o nosso sofrimento.

São terras de beleza,
Terras que fazem esquecer,
Que amar a sua tristeza
É tudo o que o poeta quer ter.

C